Pois bem, antes de mudar as minhas tartarugas para um caixote de plástico grande (enquanto ainda espero pelo aquário de 1,20m que tenho em mente
), ocorreram alguns percalços no relacionamento entre elas...
Até ter tempo de montar o upgrade, e a título experimental, tive que inventar umas maroscas...
não aconselho ninguém a fazer isto se não tiver tempo para fazer a supervisão das tartarugas em questão: eu por acaso estava em casa todo o tempo a estudar para os exames, portanto estive sempre de olho à coca de sinais de alarme ou stress. Bem, aqui vai:
1) Separar as tartarugas: coloquei a "agressora" numa caixa de arrumações plástica à parte, com aproximadamente 30 cm de profundidade. A "agredida" permaneceu no seu aquário, e a ferida que já se tinha formado na cauda foi tratada diariamente com Betadine e "doca seca" durante uma hora por dia. Rapidamente sarou e parou os tratamentos.
2) Estimular a hibernação: como era Dezembro quando notei a agressividade, e a tartaruga em questão já tem mais de dois anos e aproximadamente 10cm de carapaça, coloquei-a no dito aquário separado
sem termostato. Rapidamente entrou em hibernação (ou semi-hibernação), pois permanecia quase exclusivamente no fundo dentro da carapaça. Mantive-me sempre atento ao seu estado durante o tempo que esteve separada (1 a 2 semanas). Atenção que me certifiquei que estava bem nutrida antes de fazer isto.
3) Esperar: como já disse acima, a tartaruga agressiva esteve no "castigo" perto de duas semanas. A minha esperança, se é que lhe posso chamar isso, era que a tartaruga fizesse um "reboot", dado entrar em hibernação, com o metabolismo lentificado, e permanecer duas semanas num sítio que não lhe era familiar. O intuito? Fazer com que esquecesse o motivo (se é que o havia) que estava por trás da agressão, ou mesmo esquecer as outras tartarugas do tanque.
4) Mudar a decoração do aquário original: antes de juntar a tartaruga agressiva, fiz umas mudanças no aquário original - mudei o filtro, termostato, plataforma e a planta ornamental de sítio para pontos diversos e acima de tudo diferentes do aquário.
5) Juntar novamente: após o período de isolamento, lentamente foi adicionando água aquecida do aquário original ao aquário de isolamento da nossa "reclusa", para que o choque não fosse muito grande. Depois disto, voltei a colocá-la no aquário de origem junto das suas companheiras.
6) Dar de comer: após uns 15/30 minutos de meter a "bully" de volta a casa, resolvi dar comer às tartarugas, para ver se
a) a agressiva comia;
b) se se mostrava agressiva para com as outras. Ambos os pontos tiveram respostas positivas, pois ela comeu e não chateou as outras.
7) Monitorizar regularmente: antes de as separar, o assédio era quase constante. Depois da "pequena aventura", nunca mais vi agressão entre elas até fazer o upgrade. Ainda agora nunca mais vi sinais de agressividade entre elas.
Isto comigo funcionou, daí estar a partilhar a informação com os membros do forum. Pode não funcionar com outras tartarugas, ou posso simplesmente ter tido sorte.
De qualquer das maneiras, comigo funcionou, e espero que quando se depararem com um problema semelhante
pensem primeiro num upgrade de habitat, e só então nesta solução temporária.
Cumprimentos,
MightyCucumber.