HIPOVITAMINOSE A EM TARTARUGASDIAS, Lauriane Conceição
MOÇO, Helder Fillppi
Alves, Maria Luiza
Raya, Diego Abdo
BRONZATTO, Andresa
Discentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED
PEREIRA, Rose Elisabeth Peres
Docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED
RESUMOA hiporvitaminose A é um problema que ocorre freqüentemente em quelônios, principalmente
semi-aquáticos de água doce (cágados) que recebem alimentação incorreta com níveis insuficientes
de vitamina A. Os animais apresentam pálpebras edemaciadas, não conseguindo mais abri-las, ficam
letárgicos, chegando à apresentar até pneumonia.O diagnostico é feito através de sinas clínicos e
histórico alimentar. O tratamento consiste administração semanal de vitamina A, e a adição na dieta
de alimentos ricos em beta – carotenos como espinafre, brócolis, cenoura e de preferência rações
balanceadas. No caso de infecções secundárias é essencial o uso de antibióticos.
Palavra Chave: Hipovitaminose A, cágado, vitamina A .
Tema Central: Medicina Veterinária.
INTRODUÇÃOA deficiência de vitamina A ocorre comumente em quelônios, embora sejam
encontrado alguns casos em crocodilos e iguanas.Os quelônios mais afetados são
os semi-aquáticos de água doce (cágados), que recebem dieta incorreta no cativeiro
e conseqüentemente muito pobre em vitamina A (COSTA, 2008).
A vitamina A ou retinol é uma coenzima responsável, entre outras funções,
pela manutenção do tecido epitelial de todo organismo. Sua deficiência é seguida
por alteração no metabolismo das células epitelias, causando metaplasia escamosa
e hiperceratose dos epitétios, principlamente no epitélio respiratório e ocular
(CUBAS et al, 2007).
CONTEÚDOA principal desordem orgânica que a deficiência de vitamina A causa é a
metaplasia escamosa multifocal e a hiperqueratinização dos epitélios (FRANCISCO,
2008).
Todas as células epiteliais respiratórias, oculares, cutâneas, endócrinas,
gastrointestinais e genitourinárias são atingidas. As primeiras alterações são a
necrose e atrofia do epitélio. As células mortas descamam e começam a se
aglomerar entre as células vivas. Formam – se cistos, pela retenção dos fluídos que
transitam entre as células. Os ductos e canalículos do pâncreas, fígado, rins e das
glândulas oculonasais tornam – se bloqueadas por estes debris celulares. Como
todo tecido epitelial serve como barreira para os patógenos, com a descamação
temos esta função alterada, podendo ter nestes tecidos infecções bacterianas
secundárias (FILHO, 2007).
Os sinais clínicos de hipovitaminose A mais clássicos são o blefaroedema
(inchaço das pálpebras), blefarospasmo (fechamento das pálpebras), que pode
apresentar nos casos crônicos abscessos sob as pálpebras com envolvimento na maioria das vezes bilateral.
Outros sintomas da hipovitaminose A são: prostação,
anorexia, corrimento nasal, apatia, blefarite, conjutivite, ressecamento dos olhos por
falta de produção de muco. Em casos crônicos podendo observar hiperqueratose
(produção anormal de queratina na pele, formando áreas crostosas) e certas áreas
cutâneas com adelgaçamento. A pneumonia é uma das doenças comum em casos
de hipovitaminose A,já que o epitélio pulmonar torna-se lesionado tem – se uma
porta de entrada para bactérias (COSTA, 2008).
O diagnóstico é realizado basicamente por sinais clínicos e histórico
Alimentar. O histórico da dieta consumida é importante para diferenciar da blefarite
causada por irritações corpos estranhos, infecções bacterianas ou parasitárias. O
diagnostico preciso é feito com auxilio de citológica dos exsudatos, radiografia, etc.
(DUTRA, 2005).
O tratamento consiste na suplementação de vitamina A, com a correção da
dieta introdução principalmente de alimentos ricos em beta – carotenos (precursores
da vitamina A). Alguns alimentos recomendados são espinafres, brócolis, cenoura,
batata – doce e preferencialmente rações comerciais balanceadas (PESSOA, 2008).
Se houver sinais clínicos de comprometimento pulmonar como corrimentos nasais,
dispnéia e perda do equilíbrio na água, deve ser instituído tratamento imediato com
antibiótico (CUBAS et al, 2008).
É importante ressaltar que doses alta de vitamina A são tóxicas para o
quelônios. Medicamentos formulados para animais doméstico normalmente tem
altas concentrações dessa vitamina, e a sobredose causa Hipervitaminose
Iatrogênica. Os sinais relatados são desprendimento de escamas nos membros e
pescoço, eritema e vesículas (CUBAS et al, 2007).
CONCLUSÃOConclui – se que a hipovitaminose A é um problema comum em quelônios de
água doce, decorrente do fornecimento de alimentação inadequado com níveis
insuficientes de vitamina A, oferecida por proprietários sem conhecimento de manejo
e dieta adequados.
Refêrencias BibliográficasCUBAS Z.S – tratado de Animais selvagens – Medicina veterinária, São Paulo:
Roca, 2007.
COSTA, A.L.M, Hipovitaminose A, Disponível em:
<http://www.animalword.com.br/repteis/ver.php?id=14/4, acesso em 22 Mar 2008.
DUTRA, H.P, Doenças em Tartarugas, Disponível em
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] tart(1.htn
Acesso em: 28 Nov 2005.
FRANCISCO, R.L; Doenças em répteis. Disponível em :
<http://www.saudeanimal.com.br/perg92.htm.
Acesso em 07 de Abril de 2008.
PESSOA, A.C; Principais doenças em cágados.Disponível em:
<http://www.animallexotico.com.br/artigos/biologia_tartaruga_cuvido_vermelho.htm.
Acesso em 12 de Janeiro de 2008.
Filho, M.L; Manutenção de Répteis em cativeiro . Disponível em:
<http://www.pegadas.101.pt/index2.php:=option=comcententedi=pdf=/&/=30/.
Acesso em 15 de novembro de 2007
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