tartarugas em péssimas condições - jardim do cerco, mafra

Hugo Abreu escreveu:

acho que o mais fácil é explicar o que está mal e apontar as saídas. mostrar o que deve ser feito é a maneira mais fácil de se obter algo de uma instituição como a câmara de mafra. mostrar que, com poucos € o assunto fica resolvido.
continuo a achar que é pura ignorância e se lhes dissermos o que têm de fazer eles farão de boa vontade.

E concordo contigo, é necessária mais uma correcta e ainda assim modesta e respeitosa "opinião técnica", fundamentada, de como corrigir a situação. Salientando que não é necessário recorrer a grandes recursos financeiros, mas com saídas claras e objectivas.
Levar a coisa mais para o desconhecimento e fazer o exercício de informação.
O que é realmente importante é fundamentar bem o que se diz. Dar ideias, apresentar soluções que não envolvam "processos de engenharia aplicada".

Deve-se ter uma posição firme, concreta e convicta na exposição, mas não arrogante ou pretenciosa.

A minha opinião é que o mais correcto é fazer um pequeno texto inicial, a dizer que tomamos conhecimento desta situação bla bla bla que as tartarugas assim nao estao bem bla bla elas precisam disto e disto bla bla, assim resumido. E depois á parte um texto mais explicito, mais detalhado do que precisam saber e fazer. Assim não cansamos o destinatário com um grande texto porque o principal vai estar na parte inicial (resumidamente) e depois se o destinatário quiser ou precisar ou tiver curiosidade ou etc consulta os outros textos mais detalhados.

Eu acho que assim estaria correcto.

Hugo,

Uma coisa que me ocorreu. Sem fazer qualquer juízo pessoal, mas acredito que, ainda para mais se és morador, interessado no assunto e se houver disponibilidade pessoal tua, familiar, pudesses dar um apoio periódico, no terreno, ou apenas estares próximo, contactares e impulsionares uma participação activa. Como digo, sem questionar a tua disponibilidade, isso também poderia revelar interesse. No fundo, ias passar o teu testemunho pessoal de como corrigir (para além do documento que seria entregue em papel) no terreno. Provavelmente quem se responsabiliza por elas será um jardineiro ou vigilante do local. É uma questão de estar umas horas com ele, passar informação e o know how prático de todo o processo...

BeatrizL escreveu:

A minha opinião é que o mais correcto é fazer um pequeno texto inicial, a dizer que tomamos conhecimento desta situação bla bla bla que as tartarugas assim nao estao bem bla bla elas precisam disto e disto bla bla, assim resumido. E depois á parte um texto mais explicito, mais detalhado do que precisam saber e fazer. Assim não cansamos o destinatário com um grande texto porque o principal vai estar na parte inicial (resumidamente) e depois se o destinatário quiser ou precisar ou tiver curiosidade ou etc consulta os outros textos mais detalhados.

Eu acho que assim estaria correcto.

Sim é isso... A carta síntese/requisição, com todas as formalidades necessárias de uma requisição e o anexo/documento técnico contento de forma mais pormenorizada os aspectos relacionados com a habitabilidade, história e todos os aspectos a considerar nas tartarugas abrangidas...
A necessidade de consulta do anexo, depois, já parte mais da sensibilidade de quem está do lado de lá...

As coisas poderão estar bem fundamentadas, sem fazermos um "testamento". Argumentando tudo aquilo que disseram...

Tenho conhecimento se for um texto muito longo, poderá não ter o impacto desejado, que é a intervenção imediata de apoio às tartarugas.

Mas independentemente, do que for decidido contem com o meu apoio. Estamos todos pela mesma causa..

Cumprimentos

O que a BeatrizL disse, é provavelmente o mais indicado

Claro que sim Sofia,

A argumentação deve estar muito bem estruturada. Na minha opinião, o que não deve acontecer é dar-se um passo mais "amador" porque a reacção de alguém que "tem mais que fazer" poderá ser a que a Beatriz disse... "Quem é (são) este(s) badameco(s) e o que está (estão) ele (s) para aqui a opinar??" Isso até poderia causar conflito interno, já que alguém terá ordenado que as coisas se fizessem conforme estão a ser feitas...
Se se criar algo fundamentado, bem organizado e ainda assim conciso as hipóteses de sucesso são maiores. É um processo que procura mais informar do que contestar "direitos" para as tartarugas, mas, precisa de estar bem cimentado...

Dito dessa forma... concordo convosco

SofiaM escreveu:

Dito dessa forma... concordo convosco

Sim Foi o que eu disse desde início eu é que escrevo sempre muuuuuuito

Uma opinião alternativa que segundo a minha experiencia pode funcionar. Falar com o encarregado e convençe-lo que os animais estão em muito más condições e que o mais provavel é adoeçerem. Essas tartarugas provalvemente foram até recebidas com alguma relutancia por parte do jardim, se a pessoa que se apresentar se mostrar educada, conheçedora e com condições, tenho a certeza que eles lhe cedem os animais. Esta pessoa pode depois ceder as Mauremys a um centro de recuperação e ficar com a Trachemys. Uma coisa, se veterinarios municipais forem chamados, o mais provavel é que a Trachemys seja abatida, tal é algo que esta a começar a ser feito em muitos casos por varias entidades. Isto seria uma forma de resolver a questão com beneficio de todos.

para organizar ideias.

preciso de saber:
contactos das organizações que recebem as mauremys?

contactos das organizações que recebem as trachemys ou disponibilidade de algum forense para a receber?

A cervas tem instalações onde fazem recuperação de animais selvagens e posteriormente os devolvem.

Contacto:
Morada:
Apartado 29
Bairro de S. Sebastião. Edifício dos Magistrados.
5230-314 Vimioso
Telefones:
962255827 / 964180831
Correio electrónico:
Direcção - aldeiamail@gmail.com

Existe tambem a FAPAS que tambem poderá dar uma ajuda util

Contacto:
Fapas - Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens
Rua Alexandre Herculano, 371 4º dto
4000-055 Porto - Portugal
Telefone: 222 002 472
Fax: 222 087 455
E-mail: fapas@fapas.pt

Contactos de associações, não sei mas posso falar com alguns conhecidos se podem "adoptar" alguma tartaruga se for o caso de quererem dar as tartarugas.

Este decreto de lei é sobre a conservação da natureza, onde fala da protecção da mauremys leprosa no anexo B-II e B-IV, penso que é o que ainda esta em vigor.

http://www.estg.ipg.pt/legislacao_ambiente/ficheiros/DL%20140-99.pdf

Este decreto de lei pode ser util para referir na carta.

Esta é a ficha da mauremys leprosa no ICNB

http://www.icn.pt/psrn2000/caracterizacao_valores_naturais/FAUNA/anfibios_repteis/Mauremys%20leprosa.pdf

(Isto é um pequeno à parte! não ralhem comigo!!)

Bom,

Eu sei que estas questões de ética e legalidade nos amarram sempre as mãos e não nos deixam fazer nada. Mas convém não esquecer as questões legais que, quando trabalhadas, podem servir para agilizar processos. Todos nós sabemos que o desconhecimento faz com que muitas destas coisas não se apliquem. Ainda assim, convém ter presente:

- Decreto-Lei 316/89, de 22 de Setembro e ratificação no Decreto 95/81, de 23 de Julho, refere no artigo 6º: "... tomar as medidas legislativas e regulamentares adequadas e necessárias para garantir a conservação particular das espécies da fauna selvagem enumeradas no anexo II (neste caso a referência incide na Emys Orbicularis e Mauremys Caspica). Nomeadamente, serão proibidas, relativamente a tais espécies: a) Todas as formas de captura intencional, de detenção e de abate intencional;..."
As restantes espécies definidas no anexo III requerem: "... regulamentação, quando tal se justifique, da venda, da detenção, do transporte e da oferta para venda dos animais selvagens, vivos ou mortos...".
Não identifiquei no diploma legal a Mauremys Leprosa. Tal poderá significar que pertence ao anexo III onde estão incluídas todas as espécies não presentes no anexo II.

- O Decreto-Lei 140/99, de 24 de Abril, refere no artigo 1º, alínea 2 "São objectivos deste diploma contribuir para assegurar a biodiversidade, através da conservação e do restabelecimento dos habitats naturais e da flora e fauna selvagens num estado de conservação favorável no território nacional, tendo em conta as exigências económicas, sociais e culturais, bem como as particularidades regionais e locais."
Neste sentido, determina o Anexo B-II: "Espécies animais e vegetais de interesse comunitário cuja conservação exige a designação de zonas especiais de conservação." e nele estão incluídas a Emys orbicularis, Mauremys caspica e Mauremys leprosa.

- Relativamente à Trachemys, entre outros diplomas legais, importa ter em conta o Decreto-Lei 565/99, de 21 de Dezembro, que refere no artigo 7º, alínea 1: "É proibida a disseminação ou libertação na Natureza de espécimes de espécies não indígenas, ainda que sem vontade deliberada de provocar uma introdução na Natureza, como forma de prevenir o estabelecimento acidental de populações selvagens." No artigo 8º, alínea 3 somos remetidos para a proibição referente aos espécimes do anexo III, temos assim: "É proibida a cedência, a compra, a venda, a oferta de venda, o transporte, o cultivo, a criação ou a detenção em local confinado, a exploração económica e a utilização como planta ornamental ou animal de companhia de espécimes das espécies constantes do anexo III consideradas como comportando risco ecológico, como forma de prevenir a possibilidade de introdução na Natureza ou de repovoamento a partir de evadidos.".

Porém, refere o artigo 9º, na sua primeira alínea: "Os jardins botânicos, estufas, viveiros, hortos, lojas de plantas, jardins e parques zoológicos, safaris, circos e outras actividades de exibição de animais selvagens, aquários ou lojas de animais que detenham espécimes
de espécies não indígenas, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigidas e do disposto no n.o 3 e no artigo 14.o, necessitam de uma licença para deter espécies não indígenas, especificando quais as espécies detidas."

- Para reforçar, poderá ser necessário uma consulta ao Decreto-lei 114/90, de 05 de Abril, que nos remete para os anexos da Cites.

Posto isto, temos aqui o enquadramento legal (básico) que poderá, em algum momento do processo, se tal se conduzir pela alternativa da câmara.

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Deixo aqui alguns contactos que fui descobrindo:

Liga para a protecção da Natureza
Estrada do Calhariz de Benfica, 187
1500-124 Lisboa
Tel: +351 217 780 097
+351 217 740 155
+351 217 740 176
Tlm: +351 964 656 033
Fax: +351 217 783 208
E-mail: lpn.natureza@lpn.pt


RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens
link para a páginalink para a página
E-mail: rias.aldeia@gmail.com
Telemóvel: 927659313


Life Trachemys
link da página


O Zoomarine tem um programa de preservação de Mauremys e Emys
aqui geral
caracterização do programa Porto d' Abrigo
Contactos Gerais:
apoio.cliente@zoomarine.pt
Estrada Nacional 125, Km 65, Guia
8201-864 Albufeira, Portugal
tel: (+351) 289 560 300
fax: (+351) 289 560 309


Espero ter ajudado alguma coisa....

João Azevedo escreveu:

Espero ter ajudado alguma coisa....

claro que sim...

bem, momentos antes de ver este post, enviei um e-mail para a Liga Para a Protecção da Natureza e, sem mencionar grandes detalhes, pedi algumas informações sobre o que fazer. vamos aguardar...

Foi pontaria o 1º primeiro contacto que disse

É um bom e importante passo.
Esperemos que possam encaminhar o processo. Ainda assim, de forma pessoal, espero que não tenham assim ideias muito rebuscadas...

Se a camara não conseguir dar melhores condições acham que se pode tarze las para casa


Até já

já chegou resposta

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Deverá reportar esta situação ao SEPNA, onde lhe enviamos o contacto:

Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana
SEPNA - 3ª Repartição
Largo do Carmo
1200 – 092 Lisboa
Tel : 21 3217000
Fax: 21 3217153
Email: sepna@gnr.pt
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enviei mail, vamos aguardar outra vez...

Ou muito me engano ou a coisa assim vamos desconhecer o destino delas...

Elas assim são apreendidas...

Ma se forem apreendidas o que pode acontecer acho que já sei o que é mas espero bem que não seje o que estou a pensar

o e-mail enviado foi:

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Bom Dia,

Tomei conhecimento de alguns exemplares de tartarugas Mauremys Leprosa e Trachemys Scripta que estão num jardim público sem quaisquer tipo de condições.

Gostaria de saber a quem devo reportar esta situação, assim como quais os contactos de associações ou outras entidades que recebam este tipo de animais.

Muito obrigado.
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portanto não há tartarugas em perigo... vamos aguardar serenamente a resposta (já tenho recibo de leitura). como a gnr deve ter mais com que se chatear, há-de mandar falar com alguma associação... vamos ver.

Mto possivelmente seram apreendidas, e nunca mais se saberá nada delas, e poderam ir viver para um sitio com condições ainda piores. Se calhar será melhor ideia falar primeiro com o municipio antes de reportar o caso ao SEPNA

Não quero ser pessimista mas não tou a ver o presidente de mafra ou lá o que ele é a gastar dinheiro numa altura destas em que acho que andam a fazer cortes em tudo e ele pode ser daquelas pessoas que não percebe muito sobre as melhores condições para as ter as tartarugas e vai achar que estamos "malucos" e que assim elas já estam bem ...
É a minha opinião que pode estar errada que é o mais provavel mas é que pode acontecer muita coisa e acho que antes quealguem agir tem de pensar nas consequencias e o que pode correr mal.


Até já e olhem que não quero deixar essas tartarugas a sofrer mas secalhar e melhor irmos com calma pois pode vir uma ideia melhor porque aprendidas tambem não quero que elas sejam

Inês_jacob escreveu:

Mto possivelmente seram apreendidas, e nunca mais se saberá nada delas, e poderam ir viver para um sitio com condições ainda piores. Se calhar será melhor ideia falar primeiro com o municipio antes de reportar o caso ao SEPNA

Pois, é exactamente esse o meu receio. Na minha opinião, esse não foi o melhor passo.
Tudo se poderia resolver localmente e de forma directa com quem interage.
Ainda assim, concordo que se deva aguardar serenamente o feedback que virá da Sepna.

Veremos...